As competências exigidas a um estudante do ensino superior são bastante díspares das requeridas no ensino secundário. Seja qual for o curso superior que vai frequentar, paralelamente aos exames e frequências, o aluno universitário irá ser confrontado desde o primeiro ano com a realização de trabalhos de grupo, sinopses, relatórios, recensões, fichas de leitura, sínteses, apresentações, etc. Assim, no seu desempenho, irá ser essencial saber informar, expor e argumentar, principalmente por escrito.

Esta acção pretende aperfeiçoar e desenvolver as competências dos estudantes que vão ingressar no ensino superior, no plano da comunicação escrita, e, ao mesmo tempo, corrigir erros e práticas incorrectas ainda prevalecentes no final do ensino secundário.

Especificamente, pretende-se que, no final desta acção formativa, os destinatários:

possam expressar ideias com objectividade, através de um discurso coerentemente exposto e formalmente bem produzido;

saibam exercitar a língua portuguesa conducentemente à sua utilização adequada, consciente e reflectida, na realização dos diferentes trabalhos em que vão ser avaliados durante o seu percurso académico.

• Melhorar a capacidade de organização do texto escrito implica adquirir e desenvolver conhecimentos em duas áreas: estruturação das ideias e transposição para a escrita.
• Cada uma das matérias relacionadas com estas áreas é tratada nesta acção, em sessões próprias: saber como apresentar a informação mais importante e a menos importante; saber como e onde é apropriado começar parágrafos e quando não se deve fazê-lo; saber gerir o tamanho dos parágrafos e dos períodos; saber articular as frases em períodos; saber sintetizar; etc., etc.

• Há duas vertentes essenciais na aprendizagem da estruturação frásica: a utilização correcta dos sinais de pontuação e a forma de combinar bem as palavras na frase. A utilização correcta dos sinais de pontuação, particularmente da vírgula, é tão importante que faz parte de quase todas as acções formativas promovidas pelo IFILP no âmbito da escrita. Poucas pessoas sabem pontuar bem, apesar de, paradoxalmente, ser uma matéria relativamente fácil de aprender, se ensinada com inteligência. As técnicas de pontuação e os problemas levantados pela combinação das palavras são tratados nesta acção, quer em sessões expositivas, quer através de uma intervenção individualizada.

• Aprender teoricamente como se escrevem as palavras é difícil e não resulta na prática. Nem sempre há regras, e, quando as há, ocorrem quase sempre inúmeras excepções. Existe apenas uma maneira de melhorar a ortografia: praticando. A metodologia desta acção reflecte a longa experiência do IFILP no acompanhamento e apoio às muitas pessoas que cometem erros de ortografia. Através de exercícios especialmente desenvolvidos para o efeito, no final desta acção o aluno deverá ver significativamente minorados os erros que cometia.

• A adequação, diversidade e rigor no vocabulário não se aprendem com aulas teóricas. Na componente aplicada desta acção, são discutidos e analisados textos escritos pelos alunos que fazem igualmente exercícios destinados à aquisição de maior vocabulário e à correcta utilização de termos e expressões. Só assim, pela prática, o estudante do ensino superior conseguirá aproveitar melhor e mais vezes palavras que já usa, potenciar palavras que conhece mas que habitualmente não utiliza, e encontrar com facilidade as palavras certas para o que pretende dizer.

• Esta acção engloba várias sessões dedicadas a preparar o aluno para o tipo de trabalhos escritos que terá de realizar durante o seu percurso académico. São tratadas as distinções fundamentais entre o discurso informativo e o discurso expositivo-argumentativo e ministradas e treinadas as técnicas necessárias ao uso apropriado de cada um destes registos.