APRESENTAÇÃO DA ACÇÃO Preparar um livro, um artigo para uma revista científica consagrada, ou mesmo uma tese ou dissertação, engloba preocupações especiais, que excedem largamente as relativas a materiais destinados a pequena divulgação policopiada.
Para publicar, já não é suficiente ser perito nas matérias tratadas a publicação de escritos de natureza técnica e/ou científica levanta questões que, embora periféricas, são essenciais à qualidade da obra.
O processo de publicação profissional
de matérias técnico-científicas impõe hoje ao
autor preocupações multidisciplinares, como conhecimentos de
ortotipografia, a observância de estilos e normativos
próprios da escrita técnica e científica, uma elevada
consistência terminológica e formal, uma cuidadosa
organização de conteúdos, a atenção
a aspectos linguísticos e à clareza comunicacional,
etc.
A acção RED.TEC.P incide precisamente sobre estes aspectos e outras problemáticas próprias da preparação e controlo de qualidade de materiais destinados a publicação.
Esta acção visa, por isso, dotar os autores de competências e conhecimentos que lhes permitam, desde o início do processo criativo até às provas finais, optimizar os seus recursos, rentabilizando tempo e esforço, e, simultaneamente, assegurar a observância de todas as modernas exigências editoriais. | DESTINATÁRIOS DA ACÇÃO Nucleares: autores que já publicam ou que pensam publicar em língua portuguesa, quer em livro, quer em revistas técnico-científicas.
Outros: profissionais responsáveis pela preparação de publicações institucionais; mestrandos e doutorandos, a preparar teses ou dissertações; autores que já publicam ou que pensam publicar noutras línguas. | NECESSIDADE
Do manuscrito inicial à publicação final, a obra sofre necessariamente alterações cujo escopo requer a
familiarização, frequentemente intempestiva, com:
-
a adequação ao cumprimento de normas, práticas consagradas, guias de estilo ou usos editoriais da especialidade
(e, em breve, novas regras ortográficas);
-
a revisão linguística e comunicacional, feita pelo próprio ou por especialistas de comunicação;
-
a recolha da opinião dos colegas, seja ela informal (no caso de um livro, por exemplo) ou em peer review (tipicamente em artigos para revistas científicas consagradas);
-
a correcção de provas tipográficas.
Ora, em todas estas fases, o autor necessita de intervir, conhecendo, entre outras, respostas para as seguintes questões.
-
Como garantir a correcção e o rigor linguísticos de cada linha, em toda a extensão do texto?
-
Como apresentar o manuscrito de forma a obter um resultado de qualidade e a minimizar as adulterações produzidas pelos programas de paginação nas representações simbólicas, nas fórmulas, nos caracteres especiais, no posicionamento dos elementos e em outros aspectos tipográficos?
-
Como maximizar a clareza, a objectividade e a concisão da obra?
-
Como conciliar as normas nacionais e internacionais com os usos do jargão da especialidade tratada e com as exigências estilísticas editoriais?
A apresentação de um trabalho final impecável, com o mínimo de dispêndio de tempo e de esforço, exige por isso ao autor conhecimentos que habitualmente transcendem as suas áreas
de especialização, e que podem ser adquiridos pela sensibilização, pela informação
e pela formação. | IMPACTO PRETENDIDO
-
Ampliação dos recursos do autor, enquanto criador de
conteúdos técnico-científicos.
-
Aumento da capacidade de organização e manipulação
dos conteúdos, durante o processo de criação do
texto.
-
Incremento da qualidade comunicacional da obra,
através da clareza, da consistência, da concisão e da
correcção e rigor linguísticos.
-
Redução significativa do vaivém no circuito de
correcção de provas, com a consequente
rentabilização do tempo e do esforço exigidos ao autor
e aos técnicos de publicação.
-
Incremento da qualidade profissional da publicação,
quer pela conformidade com recomendações e normativos
aplicáveis, quer ainda através da representação
tecnotipográfica adequada às matérias tratadas.
| OBJECTIVOS DA ACÇÃO
-
Sensibilizar os autores para as problemáticas específicas
da redacção técnico-científica em língua
portuguesa, para publicação profissional.
-
Proporcionar formas de identificar, verificar e aperfeiçoar todos
os aspectos comunicacionais importantes, antes do envio pelo editor aos
peer reviewers (no caso de artigos e de papers) ou da
publicação final (no caso de livros ou de outras
edições monográficas).
-
Aperfeiçoar as competências de trabalho com programas de
processamento de texto, designadamente no que respeita aos recursos
próprios para o processo de publicação: comentários, bookmarks, indexação
automática, mecanismos de revisão, styles, etc.
-
Alertar para as deficiências de comunicação escrita
que mais comummente se encontram em obras de carácter
técnico-científico.
-
Dotar os autores com os conhecimentos necessários à conveniente
preparação ortotipográfica dos materiais a publicar
(prepress), e à compreensão da terminologia de interface
com os técnicos de paginação, por forma a permitir um
completo controlo sobre a qualidade da apresentação da obra
depois de tipograficamente composta («arte final»).
| CONTEÚDOS GERAIS
A formação perspectiva-se num espaço gerado por quatro
eixos:
-
Comunicação escrita no discurso
técnico-científico.
-
Estilos e exigências normativas sectoriais, consistência e
opções de notação.
-
Recursos avançados dos programas de processamento de texto.
-
Orto e tecnotipografia e problemáticas de prepress.
Em cada uma das vertentes, os conteúdos são
abordados perspectivando a publicação. | CONTEÚDOS ESPECÍFICOS NOTA: a apresentação abaixo, por eixos, é uma
sistematização meramente destinada a facilitar a
percepção de quais as temáticas abordadas; esta
apresentação não corresponde à sequência
de ministração das matérias, a qual é determinada
em função de estratégias pedagógicas, que levam
em consideração as interacções entre os diferentes
temas, o grau de aprofundamento apropriado e a precedência de
conhecimentos, entre outros factores. O cronograma da acção
(enumeração das sessões e das matérias abordadas
em cada sessão) é facultado aos participantes inscritos,
através da e-Diform (área on-line reservada a
formandos).
Eixo A — Comunicação escrita no discurso técnico-científico
- Factores linguísticos e de comunicação verbal na qualidade de uma obra.
- Impactos indesejáveis nos destinatários. (*)
- Elementos específicos relacionados com o rigor, a precisão e a ausência de ambiguidade. (*)
- O novo acordo ortográfico.
- Reflexões sobre estilo: terminologia e jargão profissional, novos paradigmas de escrita.
- Organização e elaboração do discurso. (*)
- Apontamentos sobre a expressão do pensamento. (*)
- Deficiências mais comuns na expressão. (*)
- Recursos para a qualidade de expressão.
Eixo B — Estilos e exigências normativas sectoriais, consistência e opções de NOTAÇÃO
-
A relevância da forma na qualidade de uma obra.
-
Normas portuguesas, normas internacionais e guias de estilo na
comunicação científica.
-
Regras, recomendações e boas-práticas de
notação.
-
Consistência formal: decisões de denotação.
-
Especificidades de certas áreas do saber:
-
ciências sociais (estatística)
-
medicina e ciências da saúde
-
engenharias
-
Recursos disponíveis na WWW.
-
Casos particulares: peças próprias de livros ou outras monografias
(índices, textos contraídos, notas, referências, etc.).
(*)
-
Casos particulares: co-autoria; produção conjunta. (*)
Eixo C — Recursos avançados dos programas de processamento de texto (**)
-
Importância das boas práticas no uso do programa de processamento
de texto.
-
Formatação de parágrafos, de caracteres, de listas e
de títulos: criação de estilos e formatação
condicional.
-
Formatação de elementos não-verbais (quadros e tabelas).
-
Elaboração de índices remissivos e de conteúdos.
-
Criação e uso de templates.
-
Recursos de edição e de trabalho em colaboração:
ferramentas de revisão, comentários.
-
Recursos de produção: buscas e substituições,
macros, navegadores, apoio linguístico.
Eixo D — Orto E TECNOTIPOGRAFIA e problemáticas de prepress
-
Boas e más práticas na formatação do manuscrito.
-
Caracteres: fontes e codificações. (*)
-
Apresentação de elementos não-verbais (tabelas, quadros,
etc.). (*)
-
Composição gráfica: posicionamento, dimensionamento,
espaçamento, distruibuição textual, etc. (*)
-
Apresentação das diferentes peças de uma obra.
-
Publicação «doméstica» (documentos para
impressão policopiada e documentos para distribuição
electrónica).
-
Publicação profissional. (*)
-
Checklist da escrita para publicação.
(*) O aprofundamento desta matéria é efectuado em
acção(/ões) autónoma(s). (ver
«Acções relacionadas»)
(**) Consideradas as qualificações dos participantes, o âmbito
geral da acção, a sua natureza info-formativa e a sua
duração, a aplicação e treino das aprendizagens
feitas neste domínio ocorre fora das sessões presenciais
sob orientações transmitidas durante as sessões. Se
se revelar necessário, a acção será complementada
com uma sessão extra para esclarecimento de dúvidas e treino
de utilização dos processadores de texto (o equipamento
informático fica a cargo dos participantes). | METODOLOGIA ADOPTADA A acção é totalmente orientada para a aplicação.
Atendendo ao tipo de destinatários (pessoas treinadas na actividade intelectual), à natureza das matérias tratadas e aos objectivos da acção, adopta-se uma metodologia predominantemente informativa/expositiva, excepto na parte de utilização de recursos dos programas de tratamento de texto (a qual é tratada de modo mais formativo) e no tocante às matérias que podem ser controversas (nas quais se privilegia o debate orientado e a partilha de experiência dos participantes).
Tratando-se de uma acção de valorização pessoal (no sentido em que os seus destinatários nucleares não são redactores profissionais), a acção não inclui avaliação.
Estão previstos alguns trabalhos não presenciais, facultativos, para treino e auto-avaliação.
A consubstanciação das sessões é efectuada num modelo de rede, onde os conteúdos dos quatro eixos geradores da acção são transversalmente interligados, sempre com incidência na excelência da publicação final e na optimização dos recursos do autor. Certos aspectos periféricos são aflorados, mas não de forma aprofundada. (O Instituto realiza acções próprias para necessidades em áreas específicas — ver «Acções relacionadas».) | TÉCNICOS E FORMADORES
Esta acção foi projectada por técnicos do Núcleo
de Criação de Acções do IFILP (NUCA),
com base na experiência concreta das actividades desenvolvidas na
Área Técnica do Instituto (IFILP-TEC).
A Dr.ª Catarina de Sá Osório, responsável
pela Área Técnica do Instituto, será a formadora
residente, quer em Lisboa, quer no Porto.
A Dr.ª Catarina Osório possui formação superior
de base em psicologia, pelo ISCTE, tendo-se especializado em psicologia
da comunicação, com trabalho desenvolvido
nos últimos anos em áreas que
abrangem a qualidade documental e o processamento de conteúdos
verbais para criação automática de documentos. Possui
experiência como formadora em diversas áreas da
comunicação verbal em língua portuguesa.
Em Lisboa, podem ainda ocorrer
intervenções de outros formadores, conhecedores de
áreas específicas das matérias abordadas nesta
acção.
Todos os formadores intervenientes nas acções a cargo do
IFILP possuem qualificações de grau superior,
experiência pedagógica e formação interna
específica para cada acção em que participam.
| MEIOS COMPLEMENTARES A acção inclui guias de apoio
que reproduzem os materiais audiovisuais usados nas sessões
presenciais expositivas, licenciados para estudo e consulta pessoais ,
documentação de referência para cópia
ou impressão, com notas, colectâneas de excertos, apontadores
para conteúdos públicos disponíveis na WWW, e outros
conteúdos de natureza informativa e tutoriais
para arquivamento pessoal, com guias para a utilização das
ferramentas abordadas no âmbito do eixo D da acção
(«Recursos avançados dos programas de processamento de
texto»).
A Divisão de Formação possui também uma
área on-line (e-Diform, em
formandos.ifilp.pt), baseada na plataforma
Moodle (adaptada pelo Instituto ao modelo de funcionamento
das acções de formação), através da qual
os formandos podem conhecer e acompanhar o programa da
acção, aceder aos materiais de apoio e de
referência, participar em fóruns de discussão
entre formandos (observados pelos formadores e outros técnicos),
executar trabalhos não-presenciais, etc.
Esta acção engloba ainda assistência remota
assíncrona, com extensão
pós-formação (10 dias), através de resposta
por correio electrónico a questões colocadas individualmente
pelos formandos.
Para reforço da aprendizagem, é disponibilizada, por
solicitação, a visualização, nas
instalações da Divisão de Formação, de
vídeos com a matéria ministrada nas sessões
expositivas, mediante marcação prévia (com limite
de uma marcação por sessão, para cada formando, e sujeita
à disponibilidade de sala e horário).
Finalmente, no que respeita especificamente à didáctica da
língua portuguesa, a Divisão de Formação dispõe
de quase todas as obras publicadas neste domínio, as quais podem ser
consultadas a pedido de qualquer formando. | REQUISITOS
-
Ter acesso à Internet (nomeadamente para cópia dos
documentos de apoio e de referência, para realização dos trabalhos efectuados
não presencialmente, para participação em fóruns
de debate, e para outras eventuais actividades complementares).
-
Possuir familiaridade com as funcionalidades básicas de um processador
de texto.
-
Redigir bem ou razoavelmente bem em língua portuguesa.
-
Poder dedicar tempo (entre 20% e 50% da duração total
das sessões presenciais) ao estudo e à análise da
documentação de referência (para os participantes
que redijam com regularidade, o tempo necessário ao estudo será
menor, já que os conhecimentos adquiridos serão imediatamente
aplicáveis nos seus trabalhos).
- Opcionalmente, poder reservar algum tempo para a realização de trabalhos não-presenciais
e para a participação, por via electrónica, nos
fóruns entre formandos.
| LOCAIS DAS SESSÕES PRESENCIAIS As sessões desta acção realizam-se em Lisboa, na Divisão de Formação do IFILP e também no Porto, no Hotel HF Tuela Porto.
| HORÁRIO E CALENDÁRIO A acção possui uma duração total de 30 horas, ministradas em 3 blocos de 10 horas cada.
Cada participante poderá optar por inscrever-se em um dos seguintes horários:
GRUPO |
LOCAL |
HORÁRIO |
INÍCIO |
|
Grupo A |
Lisboa |
sábados e domingos, das 11h20 às 18h30 |
23 de Janeiro |
calendário |
Grupo B |
Porto |
sábados e domingos, das 11h20 às 18h30 |
30 de Janeiro |
calendário |
Grupo A (LISBOA) — sábados e domingos, das 11h20 às 18h30 (no primeiro dia, início às 11h10) |
DATA |
HORA |
SESSÃO |
23 de Janeiro de 2010 |
11h10 |
1 |
15h00 |
2 |
17h00 |
3 |
24 de Janeiro de 2010 |
11h20 |
4 |
15h00 |
5 |
17h00 |
6 |
|
20 de Fevereiro de 2010
|
11h20 |
7 |
15h00 |
8 |
17h00 |
9 |
21 de Fevereiro de 2010 |
11h20 |
10 |
15h00 |
11 |
17h00 |
12 |
|
20 de Março de 2010 |
11h20 |
13 |
15h00 |
14 |
17h00 |
15 |
21 de Março de 2010 |
11h20 |
16 |
15h00 |
17 |
17h00 |
18 |
|
Grupo B (PORTO) — sábados e domingos, das 11h20 às 18h30 (no primeiro dia, início às 11h10) |
DATA |
HORA |
SESSÃO |
30 de Janeiro de 2010 |
11h10 |
1 |
15h00 |
2 |
17h00 |
3 |
31 de Janeiro de 2010 |
11h20 |
4 |
15h00 |
5 |
17h00 |
6 |
|
27 de Fevereiro de 2010
|
11h20 |
7 |
15h00 |
8 |
17h00 |
9 |
28 de Fevereiro de 2010 |
11h20 |
10 |
15h00 |
11 |
17h00 |
12 |
|
27 de Março de 2010 |
11h20 |
13 |
15h00 |
14 |
17h00 |
15 |
28 de Março de 2010 |
11h20 |
16 |
15h00 |
17 |
17h00 |
18 |
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Com incidência nas competências de escrita
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- FRAP – Estruturação frásica e pontuação.
Destinadas especialmente a estudantes
- UNI – Comunicação escrita e oral no quotidiano do estudante do ensino superior
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Para sectores profissionais específicos
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- PREPRESS – Preparação das obras para paginação
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