imagem alusiva à acção Redacção Técnico-Científica para Publicação
RED.TEC.P_2010-1
REDACÇÃO TÉCNICO-CIENTÍFICA PARA PUBLICAÇÃO
Início das sessões presenciais 23 de Janeiro (LX) e 30 de Janeiro (PT)
APRESENTAÇÃO DA ACÇÃO

Preparar um livro, um artigo para uma revista científica consagrada, ou mesmo uma tese ou dissertação, engloba preocupações especiais, que excedem largamente as relativas a materiais destinados a pequena divulgação policopiada.

Para publicar, já não é suficiente ser perito nas matérias tratadas — a publicação de escritos de natureza técnica e/ou científica levanta questões que, embora periféricas, são essenciais à qualidade da obra.

O processo de publicação profissional de matérias técnico-científicas impõe hoje ao autor preocupações multidisciplinares, como conhecimentos de ortotipografia, a observância de estilos e normativos próprios da escrita técnica e científica, uma elevada consistência terminológica e formal, uma cuidadosa organização de conteúdos, a atenção a aspectos linguísticos e à clareza comunicacional, etc.

A acção RED.TEC.P incide precisamente sobre estes aspectos e outras problemáticas próprias da preparação e controlo de qualidade de materiais destinados a publicação.

Esta acção visa, por isso, dotar os autores de competências e conhecimentos que lhes permitam, desde o início do processo criativo até às provas finais, optimizar os seus recursos, rentabilizando tempo e esforço, e, simultaneamente, assegurar a observância de todas as modernas exigências editoriais.

DESTINATÁRIOS DA ACÇÃO

Nucleares: autores que já publicam ou que pensam publicar em língua portuguesa, quer em livro, quer em revistas técnico-científicas.

Outros: profissionais responsáveis pela preparação de publicações institucionais; mestrandos e doutorandos, a preparar teses ou dissertações; autores que já publicam ou que pensam publicar noutras línguas.

NECESSIDADE

Do manuscrito inicial à publicação final, a obra sofre necessariamente alterações cujo escopo requer a familiarização, frequentemente intempestiva, com:

  • a adequação ao cumprimento de normas, práticas consagradas, guias de estilo ou usos editoriais da especialidade (e, em breve, novas regras ortográficas);
  • a revisão linguística e comunicacional, feita pelo próprio ou por especialistas de comunicação;
  • a recolha da opinião dos colegas, seja ela informal (no caso de um livro, por exemplo) ou em peer review (tipicamente em artigos para revistas científicas consagradas);
  • a correcção de provas tipográficas.

Ora, em todas estas fases, o autor necessita de intervir, conhecendo, entre outras, respostas para as seguintes questões.

  • Como garantir a correcção e o rigor linguísticos de cada linha, em toda a extensão do texto?
  • Como apresentar o manuscrito de forma a obter um resultado de qualidade e a minimizar as adulterações produzidas pelos programas de paginação nas representações simbólicas, nas fórmulas, nos caracteres especiais, no posicionamento dos elementos e em outros aspectos tipográficos?
  • Como maximizar a clareza, a objectividade e a concisão da obra?
  • Como conciliar as normas nacionais e internacionais com os usos do jargão da especialidade tratada e com as exigências estilísticas editoriais?

A apresentação de um trabalho final impecável, com o mínimo de dispêndio de tempo e de esforço, exige por isso ao autor conhecimentos que habitualmente transcendem as suas áreas de especialização, e que podem ser adquiridos pela sensibilização, pela informação e pela formação.

IMPACTO PRETENDIDO
  • Ampliação dos recursos do autor, enquanto criador de conteúdos técnico-científicos.
  • Aumento da capacidade de organização e manipulação dos conteúdos, durante o processo de criação do texto.
  • Incremento da qualidade comunicacional da obra, através da clareza, da consistência, da concisão e da correcção e rigor linguísticos.
  • Redução significativa do vaivém no circuito de correcção de provas, com a consequente rentabilização do tempo e do esforço exigidos ao autor e aos técnicos de publicação.
  • Incremento da qualidade profissional da publicação, quer pela conformidade com recomendações e normativos aplicáveis, quer ainda através da representação tecnotipográfica adequada às matérias tratadas.

OBJECTIVOS DA ACÇÃO
  • Sensibilizar os autores para as problemáticas específicas da redacção técnico-científica em língua portuguesa, para publicação profissional.
  • Proporcionar formas de identificar, verificar e aperfeiçoar todos os aspectos comunicacionais importantes, antes do envio pelo editor aos peer reviewers (no caso de artigos e de papers) ou da publicação final (no caso de livros ou de outras edições monográficas).
  • Aperfeiçoar as competências de trabalho com programas de processamento de texto, designadamente no que respeita aos recursos próprios para o processo de publicação: comentários, bookmarks, indexação automática, mecanismos de revisão, styles, etc.
  • Alertar para as deficiências de comunicação escrita que mais comummente se encontram em obras de carácter técnico-científico.
  • Dotar os autores com os conhecimentos necessários à conveniente preparação ortotipográfica dos materiais a publicar (prepress), e à compreensão da terminologia de interface com os técnicos de paginação, por forma a permitir um completo controlo sobre a qualidade da apresentação da obra depois de tipograficamente composta («arte final»).
CONTEÚDOS GERAIS

A formação perspectiva-se num espaço gerado por quatro eixos:

  • Comunicação escrita no discurso técnico-científico.
  • Estilos e exigências normativas sectoriais, consistência e opções de notação.
  • Recursos avançados dos programas de processamento de texto.
  • Orto e tecnotipografia e problemáticas de prepress.

Em cada uma das vertentes, os conteúdos são abordados perspectivando a publicação.

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

NOTA: a apresentação abaixo, por eixos, é uma sistematização meramente destinada a facilitar a percepção de quais as temáticas abordadas; esta apresentação não corresponde à sequência de ministração das matérias, a qual é determinada em função de estratégias pedagógicas, que levam em consideração as interacções entre os diferentes temas, o grau de aprofundamento apropriado e a precedência de conhecimentos, entre outros factores. O cronograma da acção (enumeração das sessões e das matérias abordadas em cada sessão) é facultado aos participantes inscritos, através da e-Diform (área on-line reservada a formandos).


Eixo A — Comunicação escrita no discurso técnico-científico


  • Factores linguísticos e de comunicação verbal na qualidade de uma obra.
  • Impactos indesejáveis nos destinatários. (*)
  • Elementos específicos relacionados com o rigor, a precisão e a ausência de ambiguidade. (*)
  • O novo acordo ortográfico.
  • Reflexões sobre estilo: terminologia e jargão profissional, novos paradigmas de escrita.
  • Organização e elaboração do discurso. (*)
  • Apontamentos sobre a expressão do pensamento. (*)
  • Deficiências mais comuns na expressão. (*)
  • Recursos para a qualidade de expressão.


Eixo B — Estilos e exigências normativas sectoriais, consistência e opções de NOTAÇÃO


  • A relevância da forma na qualidade de uma obra.
  • Normas portuguesas, normas internacionais e guias de estilo na comunicação científica.
  • Regras, recomendações e boas-práticas de notação.
  • Consistência formal: decisões de denotação.
  • Especificidades de certas áreas do saber:
    • ciências sociais (estatística)
    • medicina e ciências da saúde
    • engenharias
  • Recursos disponíveis na WWW.
  • Casos particulares: peças próprias de livros ou outras monografias (índices, textos contraídos, notas, referências, etc.). (*)
  • Casos particulares: co-autoria; produção conjunta. (*)


Eixo C — Recursos avançados dos programas de processamento de texto (**)


  • Importância das boas práticas no uso do programa de processamento de texto.
  • Formatação de parágrafos, de caracteres, de listas e de títulos: criação de estilos e formatação condicional.
  • Formatação de elementos não-verbais (quadros e tabelas).
  • Elaboração de índices remissivos e de conteúdos.
  • Criação e uso de templates.
  • Recursos de edição e de trabalho em colaboração: ferramentas de revisão, comentários.
  • Recursos de produção: buscas e substituições, macros, navegadores, apoio linguístico.


Eixo D — Orto E TECNOTIPOGRAFIA e problemáticas de prepress


  • Boas e más práticas na formatação do manuscrito.
  • Caracteres: fontes e codificações. (*)
  • Apresentação de elementos não-verbais (tabelas, quadros, etc.). (*)
  • Composição gráfica: posicionamento, dimensionamento, espaçamento, distruibuição textual, etc. (*)
  • Apresentação das diferentes peças de uma obra.
  • Publicação «doméstica» (documentos para impressão policopiada e documentos para distribuição electrónica).
  • Publicação profissional. (*)
  • Checklist da escrita para publicação.

 

 

(*) O aprofundamento desta matéria é efectuado em acção(/ões) autónoma(s). (ver «Acções relacionadas»)

(**) Consideradas as qualificações dos participantes, o âmbito geral da acção, a sua natureza info-formativa e a sua duração, a aplicação e treino das aprendizagens feitas neste domínio ocorre fora das sessões presenciais — sob orientações transmitidas durante as sessões. Se se revelar necessário, a acção será complementada com uma sessão extra para esclarecimento de dúvidas e treino de utilização dos processadores de texto (o equipamento informático fica a cargo dos participantes).

METODOLOGIA ADOPTADA

A acção é totalmente orientada para a aplicação.

Atendendo ao tipo de destinatários (pessoas treinadas na actividade intelectual), à natureza das matérias tratadas e aos objectivos da acção, adopta-se uma metodologia predominantemente informativa/expositiva, excepto na parte de utilização de recursos dos programas de tratamento de texto (a qual é tratada de modo mais formativo) e no tocante às matérias que podem ser controversas (nas quais se privilegia o debate orientado e a partilha de experiência dos participantes).

Tratando-se de uma acção de valorização pessoal (no sentido em que os seus destinatários nucleares não são redactores profissionais), a acção não inclui avaliação.

Estão previstos alguns trabalhos não presenciais, facultativos, para treino e auto-avaliação.

A consubstanciação das sessões é efectuada num modelo de rede, onde os conteúdos dos quatro eixos geradores da acção são transversalmente interligados, sempre com incidência na excelência da publicação final e na optimização dos recursos do autor. Certos aspectos periféricos são aflorados, mas não de forma aprofundada. (O Instituto realiza acções próprias para necessidades em áreas específicas — ver «Acções relacionadas».)

TÉCNICOS E FORMADORES

Esta acção foi projectada por técnicos do Núcleo de Criação de Acções do IFILP (NUCA), com base na experiência concreta das actividades desenvolvidas na Área Técnica do Instituto (IFILP-TEC).

A Dr.ª Catarina de Sá Osório, responsável pela Área Técnica do Instituto, será a formadora residente, quer em Lisboa, quer no Porto.

A Dr.ª Catarina Osório possui formação superior de base em psicologia, pelo ISCTE, tendo-se especializado em psicologia da comunicação, com trabalho desenvolvido nos últimos anos em áreas que abrangem a qualidade documental e o processamento de conteúdos verbais para criação automática de documentos. Possui experiência como formadora em diversas áreas da comunicação verbal em língua portuguesa.

Em Lisboa, podem ainda ocorrer intervenções de outros formadores, conhecedores de áreas específicas das matérias abordadas nesta acção.

Todos os formadores intervenientes nas acções a cargo do IFILP possuem qualificações de grau superior, experiência pedagógica e formação interna específica para cada acção em que participam.

MEIOS COMPLEMENTARES

A acção inclui guias de apoio — que reproduzem os materiais audiovisuais usados nas sessões presenciais expositivas, licenciados para estudo e consulta pessoais —, documentação de referência — para cópia ou impressão, com notas, colectâneas de excertos, apontadores para conteúdos públicos disponíveis na WWW, e outros conteúdos de natureza informativa — e tutoriais — para arquivamento pessoal, com guias para a utilização das ferramentas abordadas no âmbito do eixo D da acção («Recursos avançados dos programas de processamento de texto»).

A Divisão de Formação possui também uma área on-line (e-Diform, em formandos.ifilp.pt), baseada na plataforma Moodle (adaptada pelo Instituto ao modelo de funcionamento das acções de formação), através da qual os formandos podem conhecer e acompanhar o programa da acção, aceder aos materiais de apoio e de referência, participar em fóruns de discussão entre formandos (observados pelos formadores e outros técnicos), executar trabalhos não-presenciais, etc.

Esta acção engloba ainda assistência remota assíncrona, com extensão pós-formação (10 dias), através de resposta por correio electrónico a questões colocadas individualmente pelos formandos.

Para reforço da aprendizagem, é disponibilizada, por solicitação, a visualização, nas instalações da Divisão de Formação, de vídeos com a matéria ministrada nas sessões expositivas, mediante marcação prévia (com limite de uma marcação por sessão, para cada formando, e sujeita à disponibilidade de sala e horário).

Finalmente, no que respeita especificamente à didáctica da língua portuguesa, a Divisão de Formação dispõe de quase todas as obras publicadas neste domínio, as quais podem ser consultadas a pedido de qualquer formando.

REQUISITOS
  • Ter acesso à Internet (nomeadamente para cópia dos documentos de apoio e de referência, para realização dos trabalhos efectuados não presencialmente, para participação em fóruns de debate, e para outras eventuais actividades complementares).
  • Possuir familiaridade com as funcionalidades básicas de um processador de texto.
  • Redigir bem ou razoavelmente bem em língua portuguesa.
  • Poder dedicar tempo (entre 20% e 50% da duração total das sessões presenciais) ao estudo e à análise da documentação de referência (para os participantes que redijam com regularidade, o tempo necessário ao estudo será menor, já que os conhecimentos adquiridos serão imediatamente aplicáveis nos seus trabalhos).
  • Opcionalmente, poder reservar algum tempo para a realização de trabalhos não-presenciais e para a participação, por via electrónica, nos fóruns entre formandos.

 

LOCAIS DAS SESSÕES PRESENCIAIS

As sessões desta acção realizam-se em Lisboa, na Divisão de Formação do IFILP e também no Porto, no Hotel HF Tuela Porto.

LISBOA: ver localização PORTO: ver localização
HORÁRIO E CALENDÁRIO

A acção possui uma duração total de 30 horas, ministradas em 3 blocos de 10 horas cada.

Cada participante poderá optar por inscrever-se em um dos seguintes horários:

GRUPO LOCAL HORÁRIO INÍCIO
Grupo A Lisboa sábados e domingos, das 11h20 às 18h30 23 de Janeiro calendário
Grupo B Porto sábados e domingos, das 11h20 às 18h30 30 de Janeiro calendário

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


Grupo A (LISBOA) — sábados e domingos, das 11h20 às 18h30 (no primeiro dia, início às 11h10)
DATA HORA SESSÃO
23 de Janeiro de 2010 11h10 1
15h00 2
17h00 3
24 de Janeiro de 2010 11h20 4
15h00 5
17h00 6
 

20 de Fevereiro de 2010

11h20 7
15h00 8
17h00 9
21 de Fevereiro de 2010 11h20 10
15h00 11
17h00 12
 
20 de Março de 2010 11h20 13
15h00 14
17h00 15
21 de Março de 2010 11h20 16
15h00 17
17h00 18
 


Grupo B (PORTO) — sábados e domingos, das 11h20 às 18h30 (no primeiro dia, início às 11h10)
DATA HORA SESSÃO
30 de Janeiro de 2010 11h10 1
15h00 2
17h00 3
31 de Janeiro de 2010 11h20 4
15h00 5
17h00 6
 

27 de Fevereiro de 2010

11h20 7
15h00 8
17h00 9
28 de Fevereiro de 2010 11h20 10
15h00 11
17h00 12
 
27 de Março de 2010 11h20 13
15h00 14
17h00 15
28 de Março de 2010 11h20 16
15h00 17
17h00 18
 

 

OUTRAS ACÇÕES, RELACIONADAS COM ESTA ACÇÃO

Em áreas técnicas/científicas/didácticas

  • TECOM – Comunicação técnica
  • MAT – Elaboração de manuais técnico-didácticos em português
  • AUTEC – Preparação de livros técnico-científicos
  • RELTEC – Redacção e apresentação de relatórios técnicos
  • DIA – Documentação de instrução e ajuda
  • INDEX – Elaboração de índices remissivos e outras indexações
  • QUANTA – Apresentação verbal de dados quantitativos

Com incidência nas competências de escrita

  • FEP – Técnicas de expressão e exposição escrita
  • FRAP – Estruturação frásica e pontuação.

Destinadas especialmente a estudantes

  • UNI – Comunicação escrita e oral no quotidiano do estudante do ensino superior
  • ACA – Elaboração de teses, dissertações e outros trabalhos de final de ciclo

Para sectores profissionais específicos

  • REV – Formação operacional de revisores
  • PREPRESS – Preparação das obras para paginação

Esta acção já terminou
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